Maior estudo brasileiro aponta que a hidroxicloroquina não é eficaz ao tratar Covid-19 em pacientes de casos moderados e leves da doença.
O estudo foi realizado em pacientes de 55 hospitais. Os resultados mostraram que, depois de 15 dias de tratamento, o percentual de pacientes que já estavam em casa era bem semelhante àqueles que haviam tomado o remédio. Quanto ao óbito, o percentual foi igual, sendo de 3% nos dois grupos.
A pesquisa foi revisada e postada na quinta-feira (23), no The New England Journal of Medicine, conforme informações do site G1.
Resultados:
O teste foi realizado em 667 pacientes com quadro leve e moderado.
Divididos em 55 hospitais pelo Brasil, um sorteio foi realizado, no qual cada um dos pacientes de cada grupo recebeu respectivamente:
- 1º grupo com 217 pessoas: Hidroxicloroquina e azitromicina.
- 2º grupo com 221 pessoas: Hidroxicloroquina
- 3º grupo com 227 pessoas: Apenas suporte clínico
Efeitos colaterais:
- Exames de eletrocardiogramas alterados mais frequentes no grupo que fez uso de hidroxicloroquina, chance maior de arritmia;
- Exames alterados que podem representar lesão hepática mais frequentes no grupo que fez uso de hidroxicloroquina.
Sobre os pacientes:
Pacientes tinham em torno dos 50 anos de idade e mais da metade representava o sexo masculino. Todos entraram recentemente (até 7 dias com sintomas antes de internação e hospitalizados em até 48h) no hospital e apresentavam sintomas leves.
Conforme dito pela “Coalisão Covid-19”, os resultados não foram aplicáveis a outras populações, com sintomas leves e iniciais da doença. Para tais casos, é necessário aguardar maiores estudos que estão em andamento. São atualmente 8 estudos sendo realizados pela Coalisão Covid-19.
Via: g1.globo.com