Apesar do esforço internacional em entender o novo coronavírus, a verdade é que pouco se sabe sobre o efeito do vírus no corpo humano. Os estudos em vitro encontram limitações na aplicação in corpo, e isso dificulta algumas descobertas.
Por isso, a observação dos pacientes é tão importante. Dessa forma, médicos de todo o mundo tem conseguido monitorar os sintomas associados a doença. E esse pode ser o maior indício de reinfecção, embora os médicos ainda não tenham sido capazes de provar.
O Hospital das Clínicas de São Paulo, que integra a Faculdade de Medicina da USP, informou que esta investigando casos de pacientes que voltaram a testar positivo depois de serem declarados “curados” da covid-19. Esse fenômeno também foi visto na China.
O caso ainda é uma incógnita, mas o Hospital confirmou que pelo menos dois pacientes também estão apresentando novamente os sintomas, além de terem testado positivo para a doença novamente. Esse é um fenômeno menos observado.Há semanas atrás, quando esse tema foi introduzido pela primeira vez, a OMS chegou a se pronunciar sobre o risco de reinfecção. Apesar de não bater o martelo, a entidade apontou que as chances de reinfecção eram baixas.
Em vez disso, a OMS acredita que os pacientes voltaram a testar positivo porque as células contaminadas pelo vírus ainda não haviam sido completamente eliminadas do corpo, e acabavam sendo recapturadas na coleta de sangue.
Em nota, o Hospital das Clínicas tentou transmitir tranquilidade, em frente de uma situação de possível pânico geral. Na mesma direção do que foi argumentado pela OMS, o HC explicou que fragmentos inativos do vírus podem ser a resposta da questão.
O Hospital também destacou que ainda não há evidências de que de fato é possível a reinfecção, citando a ausência de literatura técnica sobre esse tema na produção internacional. Ainda assim, o caso continua sendo investigado.
Via: g1.globo.com