Com a confirmação da pandemia de coronavírus, os governos estaduais começaram a elaborar estratégias de combate a doença. Em várias regiões do país foram construídos Hospitais de Campanha, destinados apenas ao combate da pandemia.
A ideia dos hospitais de campanha seguiram uma tendência internacional de criação de leitos extra para o acolhimento de pacientes da covid-19. O esperado pelas autoridades era de que o número de doentes em necessidade de atenção médica disparasse.
De fato, em todo o país redes estaduais e municipais de saúde tem dado sinais de desgaste e colapso. No entanto, algumas unidades já estão sendo fechadas, mesmo sem nenhum sinal de que a pandemia esteja perto de ser controlada.
No Rio de Janeiro, o caso mais grave é o do Hospital de Campanha do Maracanã. No estado, a Justiça havia determinado a proibição do fechamento dos hospitais. A decisão foi emitida ontem, depois do governo do Rio sinalizar o fechamento de duas unidades.No Maracanã e no Colubandê, em São Gonçalo, as estruturas já estão sendo desmontadas, denunciam funcionários. De acordo com reportagem do G1, em São Gonçalo havia apenas um paciente internado e os demais haviam sido transferidos.
No Maracanã, a maioria dos equipamentos já foi retirado, denunciam funcionários que deveriam ter assumido o plantão da madrugada. De acordo com os depoimentos, não existem mais condições de trabalho no local.
Já uma funcionária do Hospital de São Gonçalo confirmou que os aparelhos estavam desligados e que o Hospital estava “parado”. A suspensão do atendimento também contraria a determinação da Justiça.
Já em Sao Paulo, o Hospital criado no Pacaembu também foi fechado de forma precipitada. O governo alegou que foi possível fechar a unidade pela diminuição de casos, há cerca de 3 semanas. Enquanto isso, o Hospital do Anhembi deve ser fechado no dia 1 de agosto, de acordo com as previsões do governo.
Via: g1.globo.com