A ivermectina vem sendo apontada por algumas pessoas como um medicamento capaz de combater o novo coronavírus (Sars-CoV-2), mas a verdade é que até agora não foi realizado nenhum teste com humanos nem mesmo com animais para comprovar a eficácia desse medicamento.
Os únicos estudos realizados até o momento foram com o coronavírus isolado, ou seja, o vírus estava fora de um organismo vivo. Um infectologista do hospital Sírio-Libanês em Brasília explicou que foram testes em laboratório, com o vírus em lâminas.
Alexandre Cunha, infectologista em questão, fez um alerta e disse que, nas circunstâncias da pesquisa, a dose utilizada para matar o novo coronavírus é 100 vezes maior do que a quantidade encontrada nos comprimidos.
O Ministério da Saúde vem recomendado não só a ivermectina, mas também a hidroxicloroquina e até a azitromicina contra a Covid-19, o que vem gerando uma grande polêmica, já que muitos especialistas alegam que esta é uma atitude que pode comprometer o tratamento da doença e até colocar a vida do paciente em risco.
A ivermectina é um vermicida usado contra parasitas, dentre eles: piolhos, ácaros que causam a sarna, vermes intestinais, entre outros.
O infectologista disse que esse medicamento “não serve para tratar doenças do trato respiratório”, como é o caso da Covid-19.
A OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde – já divulgou um comunicado condenando o uso da ivermectina no combate à Covid-19. Esse remédio pode causar vários efeitos colaterais, como náusea, diarreia e até mesmo dor abdominal.
Via: saude.ig.com.br